03 janeiro 2013

Invertida


Já se sentiu perdida onde você sabe de cor cada centímetro? Como se onde você esta, não fosse onde deveria. Como se as pessoas que esta acostumada, não fossem quem você sempre acreditou ser. Parece que o mundo passou a girar mais devagar ou em outro sentido e as coisas ficaram sem graça. Talvez sem sentido. Sem serem que sempre foram. Não tenho medo ou receio de mudanças, só não sei o que tudo isso é. Esse vontade louca de jogar tudo para o alto. De virar tudo de ponta cabeça, exatamente como me sinto.

E para quem eu diria essas coisas? Para um medico ou a minha melhor amiga? Acho que nenhum dos dois entenderia. Meus pais muito menos. Talvez, nem seja algo que as outras pessoas precisam entender, apenas eu mesmo. E é exatamente onde fica o problema. Eu não consigo entender. Do mesmo jeito que não consigo parar de odiar aquela garota ou tirar dez em uma prova de matemática. Por mais que eu tente. Mas isso parece realmente engraçado, pois precisamos desentender algumas coisas para acreditar em outras. Tudo esta precisamente ligado e, destinado a acontecer. Onde minha palavras nunca têm sentido. Nem os meus pensamentos.

Imagino qual o sentido de tudo isso. De vencer ou chegar ao fim de algo. Não gosto de fins. Acordar cedinho todos os dias, meio brava e revoltada com tudo. E a noite, me sentir culpada por não ter aproveitado. Por não ter feito valer a pena. Ou talvez eu faça, e simplesmente não perceba. Quem sabe, não temos repostas para todas nossa perguntas por não ser verdadeiramente necessárias. Mas o importante é que as palavras que escrevo, ou os personagens que desenhos, por mais que não façam sentido são verdadeiros. Diferente de textos gigantes com palavras vazias. Telas grandes e coloridas sem nem se quer um sentimento. 

Talvez o meu avesso seja menos complicado. Mais confiante e sossegado. Quem sabe?  

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