05 janeiro 2013

Cansada de esperar


Era só uma tarde de quarta-feira normal. O tempo estava extremamente quente e seco. Sai da pista de skate super cansada, por dentro e por fora. Minha alma e minhas pernas disputavam para ver quem doía mais. Suor e sede. Nem imagino a situação do meu cabelo. Nenhum pensamento ao certo. Não sei porque, mas ultimamente ando meio perdida. Perdida de mim mesmo. 

Cheguei na rua que sempre passo para ir para casa. Subi no skate. Meus pensamentos estavam tão longe desse planeta, que só me preocupei em desviar das pessoas e dos carros. Olhava para o chão, quando um garoto passou por mim. Não era um garoto qualquer. Perdi o equilíbrio e a razão quando olhei para seus olhos. O seu jeito de olhar, de me olhar. Foram tão poucos segundos e tantos sentimentos. Ou talvez seja só um delírio meu. Ele passou, foi para o lado contrario que o meu, com seu long, seus olhos encantadores e seu sorriso lindo. 

 Olhei para a trás exatamente no mesmo tempo que ele também olhou. Meus pés pareciam estar grudados no chão. Mas, alguma coisa dentro de mim, dizia que eu não deveria deixa-lo ir. Remei na mesma direção que a dele. Não conseguia mais o ver. E um grande sentimento estranho se espalhou dentro de mim, rapidamente. Sentei-me. Estou cansada de esperar. De esperar por você. 

Enquado me culpava por não descobrir teu nome, ou por nunca mais o ver na minha vida, não percebi quem estava a minha volta. Peguei meu celular para ver as horas. Percebi que minha pulseira preferida, não estava mais no meu pulso. Fiquei meio triste e meio brava por te-la perdido, mas não estava com vontade nenhuma de me levantar e procurar. Então algo que eu nunca imaginei acontecer, aconteceu. Bom, eu já imaginei, milhares e milhares de vezes. Mas até aquele dia, era só parte da minha imaginação. Ouvi uma voz meio rouca e gostosa de se ouvir me chamar. Não pelo meu nome, só algo como 'Ei'. Poderia ser para qualquer outra pessoas, mas quis acreditar que era eu. Virei. Era ele. Minha barriga ficou meio estranha, levantei-me meio sem graça e disse 'oi'. Me entregou a pulseira, sei lá como conseguiu. Deu um sorriso lindo. E quando ia embora o chamei. 'Acho que já te encontrei em algum lugar'. Nos meus sonhos, talvez.

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